“Nada é para sempre, mas a gente sempre acaba se iludindo, acreditando que aquela pessoa realmente se importa, e ai você pensa “dessa vez vai da certo, eu sei”; mas não dá, nunca dá. E porque não? Parece que o mundo não quer te dar uma chance, que as coisas conspiram contra e que todos combinaram de te iludir e em seguida te destruir. Voamos tão altos agarrados em nada, cremos em fatos que só acontecem em nossa mente, distorcemos as informações e esquecemos do que a vida nos ensinou antes e então vamos lá e cometemos a mesma besteira. Parece que o Mundo não nos liberta desse ciclo vicioso, e que precisamos sentir dor para nos sentirmos vivos. Você começa a tentar se desligar da dor, se distrair, rir, mas isso não funciona por muito tempo porque está doendo, e não dá pra fingir que não está porque essa dor está tirando suas esperanças, seus sonhos, suas forças, o seu ar. Você sente que isso nunca vai acabar não é? E então você se olha no espelho e se pergunta milhões de vezes “qual é o problema comigo”. Mas o espelho não te responde, só reflete a sua imagem triste, abatida, destruída, e no seu rosto nem sinal dos sorrisos que você trouxe um dia. A gente reza, a gente pergunta para Deus o porque. se revolta, xinga, grita, e tudo continua do mesmo jeito. E então nós vamos dormir rezando para que nada daquilo seja real no dia seguinte, mas é! Está la quando acordamos, as vezes até quando sonhamos porque há certas coisas que nunca ira sair de dentro de nós, como a saudades de uma antiga época, de um velho amigo, de um velho amor… Então nós começamos a procurar as veias nos pulsos, calcular o tamanho das pontes e exceder o limite de comprimidos, nós só queremos de qualquer forma nos livrar disso, só queremos vomitar tudo e da descarga nessa vida inútil e dolorosa, mas não adianta, não funciona! Só o que nos resta é a esperança de que nada é pra sempre e então rezamos para que essa dor também não seja, mas a ideia de que um dia vai passar, de que tudo vai ficar bem nos parece tão ridícula. Nós nos recusamos a sair de casa, a fazer novos amigos porque sabemos o quão vulneráveis e mal humorado nós estamos, sabemos que seremos uma péssima companhia e só o que conseguiremos e afastar todos outra vez. É sempre igual em todas as tentativas, talvez devêssemos insistir um pouco mais ou talvez devêssemos desistir para sempre!”
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